Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

Apeminas foi patrocinadora de evento que aconteceu na Universidade Fumec, em Belo Horizonte

Aconteceu, no último dia 13 de dezembro, na Universidade Fumec, em Belo Horizonte, um seminário sobre a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro –  Lei Federal nº 13.655/2018. A Associação dos Procuradores do Estado de Minas Gerais (Apeminas) foi patrocinadora do evento e a organização do Centro de Estudos Celso Barbi Filho, da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais. O presidente da Apeminas Ivan Luduvice Cunha compôs a mesa de abertura. Durante os trabalhos, foram palestrantes o professor Flávio Unes, o advogado Luciano Ferraz e o advogado-geral do Estado Onofre Alves Batista Júnior.

A mesa foi presidida pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Moacyr Lobato. Compareceram  o diretor da Escola da AGU/MG, procurador Federal Rodrigo Araújo Ribeiro, o diretor do Centro de Estudos da AGE e procurador do Estado Alberto Guimarães Andrade.

O seminário

Flávio Unes  abordou a ‘Responsabilização dos agentes na nova lei de introdução às normas do direito brasileiro’. Ele falou sobre a controvérsia da 0criação da lei nos órgãos de controle, especialmente no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público, pontuando a prévia discussão a respeito do projeto de lei então elaborado pelo relator Senador Augusto Anastasia.

Após essa introdução, passou a tratar especificamente sobre alguns dispositivos da nova lei, especialmente os artigos 20, caput e parágrafo único, 23, § 3º, e 28. Ao tratar dessas regras, apontou as novas formas de conduta dos órgãos de controle, bem como a jurisprudência dos tribunais. Na conclusão, o Desembargador Moacyr Lobato assinalou que o TJMG tem satisfatoriamente cumprido o dever de aplicar devidamente a lei, observando sempre a razoabilidade e a proporcionalidade.

Em seguida, na segunda palestra da tarde, o advogado Luciano Ferraz contextualizou a criação e o desenvolvimento do direito administrativo, no mundo e, especialmente, no Brasil, ressaltando que esse movimento é contínuo. Também abordou questões teóricas que se encontram no pano de fundo e discussões sobre a própria aplicação dos princípios que circundam o direito administrativo, principalmente a derrotabilidade das regras. Igualmente, na conclusão, o procurador Danilo Castro ressaltou a dificuldade de diversas questões práticas que são enfrentadas diariamente.

Por fim, com a última apresentação do Seminário ficou a cargo do advogado-geral do Estado de Minas Gerais (AGE/MG) Onofre Batista Júnior retomou diversos apontamentos feitos pelos palestrantes pontuando algumas críticas e abordando a questão sancionadora no direito administrativo no Brasil e no direito comparado. Além disso, apresentou considerações acerca da discricionariedade, inclusive nas transações administrativas, exemplificando a Câmara de Conciliação. Ademais, discorreu sobre a controvérsia e os questionamentos do princípio da supremacia do interesse público. 

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