Novo TAC é assinado em prol das vítimas do desastre em Mariana

Procuradores do Estado foram decisivos para novo acordo que amplia participação dos atingidos

Foi homologado pela 12ª Vara Federal de Minas Gerais o novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre a reparação de danos do desastre de Mariana, no último dia 8 de agosto. O procurador do Estado Lyssandro Norton Siqueira representou Minas durante a audiência em que foi homologado o novo acordo, denominado “TAC Governança”.

Com isso, os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão poderão participar ativamente da tomada de decisões do Comitê Interfederativo-CIF  e daundação Renova, organização criada para executar a reparação de danos. A sessão solene foi realizada na sede da Justiça Federal e foi classificada como “decisão histórica”.

Segundo Lyssandro Norton Siqueira,  esse acordo se pautou na conciliação para buscar uma solução para uma deficiência que havia desde o primeiro acordo, qual seja, ampliar a participação dos atingidos. “O novo Termo de Ajuste de Conduta endossa o sistema do primeiro acordo, mas aperfeiçoa a governança do sistema de gestão das reparações socioambientais e socioeconômicas”, disse. 

O documento garante, entre outras condições, a alteração da governança do CIF e da Fundação Renova. Com isso, o novo acordo promove a participação dos atingidos nas instâncias que tomam as decisões sobre reparação de danos e também nas instâncias consultivas. Isso se dará de três maneiras: por meio da criação de comissões locais, câmaras regionais e fórum de observadores, com direito de poder contar com o apoio de assessorias técnicas.

As comissões locais terão a participação de pessoas moradoras das áreas atingidas. Inicialmente, estão previstos 19 grupos, que terão apoio técnico, cursos e treinamentos para participar da criação de políticas públicas que busquem a garantia da recuperação e a gestão sustentável da bacia do Rio Doce.

Em nota, a Renova ressaltou que “experimenta um momento de aprimoramento” com o TAC homologado. Para a organização, o documento também reforça a execução dos 42 programas de recuperação, por meio da ”legitimidade e transparência” na qual o termo foi assinado.

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